quarta-feira, junho 15, 2005

Perdidos e achados

E, de repente, ele dobrou a parede do labirinto e deparou com seu pior pesadelo. Sim, depois de um ano de descobertas, estava de volta ao ponto de origem.

Bem, quase. As coisas não são bem as mesmas. Eu poderia ficar aqui citando Heráclito de Éfeso e seu fluido fluvial, ou contestá-lo dizendo que o rio só é rio porque se renova, o fato de as águas serem diferentes não impede que o rio seja o mesmo.

Mas não vou fazê-lo. A verdade, dita sem ter de pensar muito, é que só sei que nada sei, mas sei que o nada de agora é mais que o nada de antes (talvez não para Sócrates), ou seja, sei que sei mais do que sabia, ainda que não possa me julgar sábio.

Já aprendi muita coisa e, embora não goste de ficar empacado até conseguir um objetivo (a rapidez na resolução de problemas é fundamental num sagitário --livre, social, mutante-- com ascendente em touro --teimoso, obstinado), acho que um ano a mais pode me fazer aprender muito. Não estou acostumado, sagitário que sou, a levar portas na cara. Mas como um touro posso derrubá-las.

Na verdade o ciclo era espiral e estou no mesmo lugar da volta, mas um nível acima. E, desta vez, com as mesmas vantagens financeiras (a bolsa) e novas intelectuais, pode ser mais fácil.

Ehrlich gesagt, tenho fé nisso.

Caráleo, cadê meu travesseiro?

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom ver que você ja esta engatilhado... Abrace o travesseiro, que também faz parte. Não ha ser unicamente racional, por mais frio que seja. Curta a frustração e a tristeza como você aproveita as alegrias: tudo faz parte do tempero dessa vida agridoce... E pau na maquina, que o tempo não para, velho!

Anônimo disse...

posso servir de travesseiro?

Te amo demais, lindo!

Kusse und viele Danke uber heute...