segunda-feira, novembro 12, 2007

Soneto do fracasso de público

Tenho por testemunha o nada em cio
o nada multiplicado ao relento
que, ainda que vão, vive em aumento
e se reproduz por meses a fio.

Meus escritos são vento macio
represado em meu apartamento
e não merecem desapontamento
ou loa, inverno ou estio.

Jogando palavras no vazio,
no compulsivo preenchimento
de meu vácuo pensamento,

meu oco é muito mais frio,
se nem te causo arrepio
no despejar de um tormento.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Liber

Inflei meu peito sofrido
busquei o gargalo gelado
para escorrer...
da long-neck
mas sem pileque

Resta saber...
se a ciência da dor
vai entender