terça-feira, agosto 17, 2010

Barco

Acampando na sala de estar
eu deixo estar
de novo

Experimentar a covardia
é um exercício
do povo

Se eu me atrevesse a atravessar
o mar de dor e mágoa que nos une
o mar de paz e água que nos separa

me levaria o barco para o tudo e para o nada
para a vida por que anseia minha alma exilada

Mas o recomeço precisa de um tropeço

quinta-feira, agosto 12, 2010

Minhas janelas para o mundo

Do escuro vejo piscando cruzes,
Sirenes que vão e vem, luzes,
Não sei se emano minha solidão ou a colho da noite

Sei que estou longe, mas te penso aqui
onde a aurora de opala não te pode sentir
Não sei se emano minha solidão ou a colho da noite

Da sala vazia, sombria, vejo um porto macio
Que leva pro dia, pra longe, pro frio
E não sei se emano minha solidão ou a colho da noite