domingo, novembro 14, 2010

Falsa idade

o raio que gira daquela torre
encontra um observador noturno,
que recebe e devolve
os sonhos na imensidão azul

a vida
é a morte do sonho
que é a morte da vida

na cidade dos sonhadores apaixonados
só vejo a implicância elegante
o desejo de vida e morte

do papel branco ao pó cinza, ao negro,
um cinismo fatalista charmoso
destituído de charme

na noite azul e amarela da cidade da luz
talvez eu esteja errado em continuar
querendo sonhar
negando a paz, negra paz

mas às vésperas dos trinta anos
só queria que meu coração batesse mais

Paris, 14/11/2010

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