Não é fácil dar sentido à existência.
Pelo menos, sem saber sua direção...
Afinal, o sentido é uma propriedade associada a uma direção. Se considerarmos que uma direção pode ser representada por uma reta, cada direção pode ter dois sentidos, que indicam os dois percursos possíveis sobre o tal caminho. Por exemplo, se considerarmos a direção vertical, os dois sentidos possíveis são para cima e para baixo. Na direção do ônibus, há o sentido centro-periferia e o sentido periferia-centro. O de quem vai e o de quem vem. E na direção do que existe, há coerência?
Difícil de achar, a tal direção. Vou ou venho? Difícil dizer em que caminho corre uma vida de desvios múltiplos, de caminhos concomitantes, complementares, suplementares, paralelos, perpendiculares, em transversão...
E o módulo então? Qual o módulo, a especificação de valor de nossa existência? E que que unidade de medida usaremos, a felicidade, a bonomia, as realizações (financeiras, profissionais, genéticas ou emotivas)?
Pobres coisas que estão vivas!
Que existência sem sentido,
direção,
módulo,
medida!
A geometria
ageométrica
é geomântica
como a vida!
Vida que é confusa e triste!
Por que é que tudo existe?...
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