O não-acontecimento
trouxe rimas mais impuras
perturbou as estruturas
de nosso edifício bento,
nada havendo no ar que brade
pelo nosso salvamento.
Veio vento violento
e pôs fim à voz dos covardes.
O cenário que se afigura
demonstra fragilidades,
expõe as veleidades,
ofende a literatura,
faz do caos o soberano
e mata sem avisar.
Tira do parceiro o par,
torna o divino mundano.
Sem voz que logre entoar
ante o mal a tal canção,
disso sendo anfitrião,
só vou me manifestar
silenciando, por que não,
no plano da ação no plano.
Nada há de mais humano
que aguardar intervenção...
Um comentário:
voz aveludada: vem!
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