quarta-feira, maio 14, 2008

Salvem nossas vozes!

O não-acontecimento
trouxe rimas mais impuras
perturbou as estruturas
de nosso edifício bento,

nada havendo no ar que brade
pelo nosso salvamento.
Veio vento violento
e pôs fim à voz dos covardes.

O cenário que se afigura
demonstra fragilidades,
expõe as veleidades,
ofende a literatura,

faz do caos o soberano
e mata sem avisar.
Tira do parceiro o par,
torna o divino mundano.

Sem voz que logre entoar
ante o mal a tal canção,
disso sendo anfitrião,
só vou me manifestar

silenciando, por que não,
no plano da ação no plano.
Nada há de mais humano
que aguardar intervenção...

Um comentário:

betasimon disse...

voz aveludada: vem!