terça-feira, abril 22, 2008

Baú

Caixas enfileiradas
iluminadas
dispostas ao longo de longas linhas
largas
surdas
minhas
mudas.

Moro no ninho do pássaro em chama
da gente encaixotada
do povo bem escondido.
Há grama que não reclama
piada ainda não contada
e grito que é gemido.

E no vazio do norte-sul
da brisa livre e azul

estanco.

Com um tranco e nada mais
eis que atraca meu caixote
que por tudo e dois reais
vai ao fim da asa norte.

Um comentário:

Anônimo disse...

A Roberta me falou da tua veia poética. Realmente vc a tem. Parabéns, poeta! Fiquei feliz e surpreso pelo que vi. Deixo o meu blog para o caso que vc querer dar uma olhada. Abraços, Gustavo de Castro. www.razaopoesia.zip.net