sexta-feira, abril 14, 2006

Luciferiando a dois

anjos caídos
ruas da vergonha

Duas almas alíferas ceifadas se chocaram
desnorteio momentâneo
enlevo sucedâneo
do sangue que ainda jorrava das costas

Fumaças negras se elevaram em espiral
O cáustico invadiu as carnes dos homens
Um rufar sinistro se elevou sobre as cores
E com o soar dos pratos veio o sol

sol que indiscrimina todos

A rua não deixou de ser de vergonha
mas mesmo desalados eles ganharam
o ar
a noite
a cama

e dia após dia estatuíram
que amor impuro não deixa de ser amor

Marcus 14.04.06

Um comentário:

Anônimo disse...

Bah, que lindo amor!!
Mto bom o texto!