sábado, abril 09, 2005

Eu, vulnerável

A noite chega soberana,
negrume que em mim debruça
um breu quente sem luar.

A treva me diafana,
minha alma é a que soluça
do outro lado da cidade.

Por mais que seja cedo,
eu abraço a solidão,
angústia que é a tal saudade.

Pois eu nunca tive medo.
Tateio na escuridão
certo de te encontrar.

Marcus 09/04/05

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