quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Um poema do Rilke

Achei tudo a ver. Sem título. Só porque estou de bom humor, vou arriscar uma tradução (tosca).

Welt war in dem Antlitz der Geliebten -,
aber plötzlich ist sie ausgegossen:
Welt ist draußen, Welt ist nicht zu fassen.

Warum trank ich nicht, da ich es aufhob,
aus dem vollen, dem geliebten Antlitz
Welt, die nah war, duftend meinem Munde?

Ach, ich trank. Wie trank ich unerschöpflich.
Doch auch ich war angefüllt mit zuviel
Welt, und trinkend ging ich selber über.

----

(O mundo estava no semblante da amada-,
mas de repente se despejou para fora:
O mundo é lá fora, o mundo não é para reter.

Por que eu não o bebi, já que eu o tinha,
do semblante pleno e amado,
mundo que estava próximo, exalando minha boca?

Ah, eu bebi. Como bebi, incansavelmente.
Mas eu também fiquei repleto de tanto
mundo, e bebendo esqueci de mim mesmo.)

Nenhum comentário: