fiz-me passageiro desse corpo
recuado do pára-brisa
estou atento a todo movimento
aproveitando o ponto oco no peito
sem vento
meus dedos de dentro batem
tum durum dum dum
na caixa de ressonância
o ritmo
não alcança a distância lá de fora
ainda assim
minhas mãos de autômato espalham adubo para sonhos