terça-feira, julho 10, 2007

Sagitário

A flecha disparada rumo ao ignorado
voa voa voa voa

os cascos sorvem energia telúrica
a mente devaneia sob a inconstância

no meio, a raiva do fogo queima
velha alma combure
sem rancor

e do calor
vem a ânsia
de quebrar o ovo e buscar o novo
sempre de novo

pois na roda mutante
nada vai mais de um instante

e se não sei o que acerto,
se acerto, se é certo,
só sei que mudar é mais importante

Quem não explora atrás da esperança
nem se arrisca,
não vive criança

No céu

minha seta conquista a distância,
a estrela pisca
transforma a lembrança

Na lua

não mente o que sente
o coração:
com paixão não há compaixão.

Se, mudo, mudo de ti assim,
perdoa-me,
componha-te.
Queixas não ouvirás de mim.