Quisera um amor que fosse a-mar,
um amor que não fosse vaga, que não fosse vago.
O mar há de ser sempre amaro.
Quero um a-mar,
um amor que invade e não se recolhe das calçadas, das casas, das ruas.
Quero a vida que arrebata, que afoga, que mata,
que é sim sem ser não.
Um amor que cega sem seguir
ou cobrar, no cobrir
das areias da solidão.
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