Esta poeira grudou em minha pele
corro no vento para torná-la ao nada
por ora, volto para de onde vim...
Mas a terra ínfima, pulverizada,
da cor da noite não há quem desatrele,
se a poeira hoje é parte de mim.
Este vento resfriou-me de levada
um mar de pó que tanta vida propele
são faces e risos e coisas sem fim...
Pois a terra ínfima, pulverizada,
da cor da noite não há quem desatrele,
se a poeira hoje é parte de mim.
Não há eu que o movimento cancele,
ainda que a reflexão da mente em caçada
seja vaga, leviana e ruim.
Mas a terra ínfima, seca, pulverizada,
da cor da noite não há quem desatrele,
se a poeira hoje é parte de mim.
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