à meia-noite
da minha velha torre
revejo os sonhos que finjo querer esquecer
revisito a cidade revolta
e bem hoje
em vez de se conformarem
os cidadãos resolveram apaixonar-se
a chuva inflama e entope o formigueiro frio
súbito explodem
os corações contidos em cápsulas,
bondes,
baldeações
estou perdido no labirinto
cidade violenta
em que os sonhos sequestram e fazem reféns
terça-feira, novembro 23, 2010
domingo, novembro 14, 2010
Falsa idade
o raio que gira daquela torre
encontra um observador noturno,
que recebe e devolve
os sonhos na imensidão azul
a vida
é a morte do sonho
que é a morte da vida
na cidade dos sonhadores apaixonados
só vejo a implicância elegante
o desejo de vida e morte
do papel branco ao pó cinza, ao negro,
um cinismo fatalista charmoso
destituído de charme
na noite azul e amarela da cidade da luz
talvez eu esteja errado em continuar
querendo sonhar
negando a paz, negra paz
mas às vésperas dos trinta anos
só queria que meu coração batesse mais
Paris, 14/11/2010
encontra um observador noturno,
que recebe e devolve
os sonhos na imensidão azul
a vida
é a morte do sonho
que é a morte da vida
na cidade dos sonhadores apaixonados
só vejo a implicância elegante
o desejo de vida e morte
do papel branco ao pó cinza, ao negro,
um cinismo fatalista charmoso
destituído de charme
na noite azul e amarela da cidade da luz
talvez eu esteja errado em continuar
querendo sonhar
negando a paz, negra paz
mas às vésperas dos trinta anos
só queria que meu coração batesse mais
Paris, 14/11/2010
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