segunda-feira, janeiro 14, 2008

Amar é criar?

Amor é, ou não,
fetiche da incompreensão?

Se querer é ter ilusões de eternidade
Eu as tive, colecionei,
E, coração:
Amor é o nome da coleção

Pois então eu que te fiz,
O que és é o que eu quis;
Vives cá em minhas brumas
E nuvens de inspiração,
Existência tens nenhuma
Fora da imaginação.

Se é assim, eu te toquei,
Mas teu corpo não é teu,
Tu que amo vive em mim.
O que a boca prometeu
Pra você baixinho assim
Pro teu corpo eu nem falei...

Holograma inteligente
Tu és outrem que mereço
Nada em ti é bem real
Esta boca às vezes mente,
Mas tu mesma eu nem conheço
E quem somos afinal?

Mas não te aborreças com isto!
Afinal, também, pra ti,
Certamente não existo...